Visitar Berlim é voltar no tempo, é conviver com o passado e o presente, é se envolver na história e compreender que devemos aprender a reconstruir mesmo após adversidades. Berlim não é uma cidade óbvia, achei tudo intenso e diferente.
A primeira impressão que tive de Berlim foi: Putz, eles não entendem inglês, ferrou, porque eu não falo alemão!!! hahaha Mas foi só impressão na
Estação Central de Berlim, chegando já no hostel, descobri que em Berlim, vivem muitos migrantes e que praticamente todos falam inglês, mesmo às vezes, não fazendo muita questão. Berlim é uma cidade bem underground, moderna, histórica e parece que em cada uma de suas esquina, há guindaste de obras, uma cidade que parece que está sempre em construção.
Acho que fui na melhor época (junho) bem no inicio do verão, quando as ruas começam a ferver de gente indo tomar sol. A primeira visita foi no
Reischtag, ou o prédio do
Parlamento alemão, uma obra de arte, mas a recomendação é comprar o ticket de entrada pela internet com uns dias de antecedência porque é super requisitado. Infelizmente, não deu pra entrar, mas foi possível apreciar a parte externa do prédio super moderno com sua cúpula transparente.
Esse roteiro é para uns 4 dias em Berlim, por isso sem perder tempo, vá para a
ilha dos museus, a região repleta de museus, vale a pena separar mais de um dia só para isso. Entre eles estão o
Altes Museum (museu antigo), o
Neues Museu (museu novo), o
Alte Nationalgalerie (galeria nacional antiga),
Bode-Museum (museu Bode e o Pergamonmuseum (museu Pergamon). Mas o que mais me chamou a atenção por ser diferente foi o
DDR Museum, um museu localizado no antigo distrito oriental e lá há muitos objetos que retratam a vida na antiga Alemanha Oriental, são incríveis a coleção de objetos que pertencia a esse período, uma viagem no tempo, total! O museu é muito interativo, por isso se prepare para fuçar tudo que encontrar por lá, inclusive terá direito até a dirigir um
Trabi, famoso carro soviético.
Outra pedida é conhecer o marco da cidade, o
Portão de Brandemburgo localizado no bairro Mitte, no
Pariser Platz, próximo ali há vários consulados e embaixadas. O Portão é suntuoso e representa o símbolo do triunfo e da paz sobre as armas. Nesse lugar é onde saem os vários grupos de "free tours". A noite ele é ainda mais lindo!
Atravessando o Portão, e caminhando mais a frente, à esquerda está o
Memorial do Holocausto, um labirinto formado por blocos de concreto de diferentes tamanhos, impressiona andar no meio deles com aquele silêncio.
#diKA: deixo aqui um alerta, no meio desse labirinto todo, ficam alguns grupos de jovens (3 ou 4) que abordam turistas pedindo que assinem um abaixo-assinado sobre blablabla... NÃO CAIAM e diga que não está interessado, pois normalmente, eles pedem que coloquem seus dados para depois dar um golpe.
Outro ponto turístico moderno de Berlin é a
Berliner Fernsehturm ou Torre de tv, enooooorme e bem la no alto também tem o chiquetérrimo restaurante e abaixo uma praça bem agradável para descansar e tomar um sorvete.
A grande expectativa (óbvio) era conhecer o famoso
muro de Berlim, a sua maior parte está na
East Side Gallery, galeria a céu aberto e público. São 1.113 metros de muro ainda em pé, e com varias ilustrações de diferentes artistas. O muro impressiona pois ele era formado por duas partes que separava os povos do oriente e do ocidente, estando ali é possível imaginar como tudo podia funcionar dividindo uma cidade em duas e sendo vigiadas por milhares de soldados.
Um outro ponto importante para conhecer aproveitando esse tema é o Memorial do Muro de Berlim, ou a
Topografia do Terror, lá conta a história do holocausto na antiga sede da Gestapo (policia secreta do estado).Triste mas que faz parte da cruel história da nossa humanidade.
Caminhar por Berlim é caminhar na história, por isso fique atento a todos os cantinhos. No centro está o
Checkpoint Charlie onde há uns guardas que cobram para tirar foto, esse lugar é famoso pois era um posto militar, passagem entre a Berlim oriental e a ocidental, durante a Guerra Fria.
Importante também visitar o
Gendarmenmarket, uma enorme praça com duas igrejas uma de frente a outra, sendo uma protestante e a outra católica.
Logo ali também na praça
Bebelplatz, está o memorial da queima dos livros, quando Hitler pediu que queimassem todos os livros que fossem contrários aos ideais do “espírito germânico”, que pregassem a decadência moral e cultural e que “falsificassem a história” deveriam ser queimados. Eles está abaixo no subsolo nas estantes vazias.
Por metrô é muito fácil andar por Berlim, apesar dos nomes das estações, é tranquilo, só precisa comprar e validar o bilhete na estação. Caminhando pela cidade há vários pontos para comer um lanche ou algo de "sustância", como os maravilhosos chucrutes, as salsichas de curry ou currywurst (se jogue para provar todos os tipos de salchichas, há diversas e muito saborosas), panqueca de batata ou kartoffelpuffer, e para a sobremesa, o berliner tipo um donuts,
pretzels ou brezel, strundel de maça.... e lóoogico beber muita cerveja alemã, que é muito generosa!
Deixando outra
#diKA essa é para a night, um achado de bar para curtir o clima noturno na cidade, o
Monkey Bar, que está no 10 andar de um prédio e sua vista para a cidade é espetacular. Eles restringem o numero de pessoas para entrar mas a fila vale a pena, apreciar aquela vista tomando uma cerveja alemã, sentada nas almofadinhas e escutando uma musica ao fundo que vai aumentando gradualmente conforme passa a noite, não tem plano melhor além de ser um ambiente super cool!
Enfim, Berlim, é uma cidade imensa, por isso ainda falta muito que explorar por lá. Prometo voltar aqui e incrementar esse post, pois essa visita me deixou com um gostinho de quero mais.
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