Eu nem sabia que alguém estava pensando em fazer um novo acordo ortográfico também para a língua espanhola.
Menos mal que quando soube a decisão já estava tomada. Fui poupada do meu tradicional sofrimento por antecipação. De normas novas basta a da nossa língua portuguesa.
Mas as 22 academias de espanhol, reunidas em Guadalajara/México, entram em acordo e decidiram manter a atual ortografia, com algumas recomendações de uso. Os acadêmicos disseram que não querem impor nada, apenas sugerir algumas mudanças. Ou seja, cada país poderá continuar escrevendo como vem fazendo há alguns anos.
Algumas mudanças são estão nos nomes das letras. Y poderá ser chamado de “y griega” ou de “ye”, como em alguns países americanos. B e V, simplesmente de “be” e “uve”, mas também se aceita “be larga” (B) e “be corta” ou “be baja” (V). CH e LL saem definitivamente do alfabeto, passando a serem apenas dígrafos. Nada muito complicado.
Outras sugestões estão na acentuação de algumas palavras. Por exemplo, o advérbio “sólo” (somente, unicamente) e o adjetivo “solo” (sozinho, único, sem companhia) agora podem ser escritos ambos sem acento. Essa para mim foi a melhor mudança! Juro que me custava muito pensar se deveria escrever com ou sem o “tilde” (como eles chamam qualquer acento aqui, não apenas o “til”, até porque o nosso til aqui não existe – apenas a letra “ñ” (eñe), mas é a letra inteira (enhe) e não um N com um til encima).
Uma mudança está no uso da letra Q. Segundo o coordenador da nova ortografia, a letra K é plenamente espanhola e diz que a letra Q deve ser eliminada quando represente simplesmente um fonema. Exemplo: “Iraq, Qatar, quórum”, passam a ser “Irak, Catar e cuórum”. Se alguém preferir usar a grafia anterior, deve tratar como palavras estrangeiras (entre aspas, em itálico, etc.). Agora “queso” (queijo) segue igual!
Lembrando que todas essas novidades são apenas propostas, não é nenhuma obrigação e as formas “antigas” seguirão sendo aceitas.
A nova ortografia está sendo chamada de “panhispánica”, pois é fruto do trabalho e vontade comum de diversas academias. O espanhol é uma das línguas mais faladas do mundo e este novo acordo parece que foi uma obra consensuada entre grande parte dos hispanofalantes.
Antes do Natal será publicado o documento com as novas regras na Espanha. O resto dos países ainda vão ter que esperar um pouco. Há quem diga que tudo não passa de uma jogada da Real Académia Española para vender mais dicionários…
Para mim, é mais uma forma de legalizar o que há muito tempo já acontece na prática, agradando a todo mundo e não impondo nenhuma unificação. Ok, assim todo mundo acaba contente, inclusive eu, que já ando penando para me adaptar as novas regras do bom e velho português.
Hay un artículo muy interesante de "El País" que habla de más cambios de las reglas gramaticales. Vale la pena seguir:
http://www.elpais.com/articulo/cultura/be/sigue/siendo/be/elpepucul/20101128elpepucul_2/Tes
Menos mal que quando soube a decisão já estava tomada. Fui poupada do meu tradicional sofrimento por antecipação. De normas novas basta a da nossa língua portuguesa.
Mas as 22 academias de espanhol, reunidas em Guadalajara/México, entram em acordo e decidiram manter a atual ortografia, com algumas recomendações de uso. Os acadêmicos disseram que não querem impor nada, apenas sugerir algumas mudanças. Ou seja, cada país poderá continuar escrevendo como vem fazendo há alguns anos.
Algumas mudanças são estão nos nomes das letras. Y poderá ser chamado de “y griega” ou de “ye”, como em alguns países americanos. B e V, simplesmente de “be” e “uve”, mas também se aceita “be larga” (B) e “be corta” ou “be baja” (V). CH e LL saem definitivamente do alfabeto, passando a serem apenas dígrafos. Nada muito complicado.
Outras sugestões estão na acentuação de algumas palavras. Por exemplo, o advérbio “sólo” (somente, unicamente) e o adjetivo “solo” (sozinho, único, sem companhia) agora podem ser escritos ambos sem acento. Essa para mim foi a melhor mudança! Juro que me custava muito pensar se deveria escrever com ou sem o “tilde” (como eles chamam qualquer acento aqui, não apenas o “til”, até porque o nosso til aqui não existe – apenas a letra “ñ” (eñe), mas é a letra inteira (enhe) e não um N com um til encima).
Uma mudança está no uso da letra Q. Segundo o coordenador da nova ortografia, a letra K é plenamente espanhola e diz que a letra Q deve ser eliminada quando represente simplesmente um fonema. Exemplo: “Iraq, Qatar, quórum”, passam a ser “Irak, Catar e cuórum”. Se alguém preferir usar a grafia anterior, deve tratar como palavras estrangeiras (entre aspas, em itálico, etc.). Agora “queso” (queijo) segue igual!
Lembrando que todas essas novidades são apenas propostas, não é nenhuma obrigação e as formas “antigas” seguirão sendo aceitas.
A nova ortografia está sendo chamada de “panhispánica”, pois é fruto do trabalho e vontade comum de diversas academias. O espanhol é uma das línguas mais faladas do mundo e este novo acordo parece que foi uma obra consensuada entre grande parte dos hispanofalantes.
Antes do Natal será publicado o documento com as novas regras na Espanha. O resto dos países ainda vão ter que esperar um pouco. Há quem diga que tudo não passa de uma jogada da Real Académia Española para vender mais dicionários…
Para mim, é mais uma forma de legalizar o que há muito tempo já acontece na prática, agradando a todo mundo e não impondo nenhuma unificação. Ok, assim todo mundo acaba contente, inclusive eu, que já ando penando para me adaptar as novas regras do bom e velho português.
Hay un artículo muy interesante de "El País" que habla de más cambios de las reglas gramaticales. Vale la pena seguir:
http://www.elpais.com/articulo/cultura/be/sigue/siendo/be/elpepucul/20101128elpepucul_2/Tes
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